A Governança Global pode ser entendida como o conjunto de esforços dos diferentes atores internacionais em buscar a cooperação por meio de espaços de diálogos globais para solucionar desafios comuns à humanidade.
Por: Diego H. S. Baptista*
Estamos vivendo um ciclo de reuniões internacionais que marcarão os rumos das políticas internacionais do desenvolvimento nos próximos anos. Duas estão ocorrendo nesse momento, a Conferência de Durban e o Fórum de Alto Nível de Busan, uma esta sendo publicamente debatida a outra quase não se houve falar, mas ambas são cruciais para o desenvolvimento global.
Vamos esclarecer, a Conferência de Durban, que acontece de 28 de Novembro a 9 de Dezembro, na África do Sul, trata da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações sobre Mudanças Climáticas (COP17) e da Reunião das Partes do Protocolo de Quioto (CMP7). http://www.cop17-cmp7durban.com/
A principal questão é: países desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento conseguirão chegar a um novo acordo vinculante, justo e ambicioso para as mudanças climáticas? Depoimentos de alguns participantes sugerem que as negociações estão sendo complicadas e pouco cooperativas.
Veja o posicionamento do Brasil aqui http://www.brasil.gov.br/cop17E compreenda o desafio em 3 minutos: [youtube http://www.youtube.com/watch?v=gJ370AgvDMI&w=560&h=315]
O 4º Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda também está acontecendo nesse momento, 29 de Novembro a 1 de Dezembro, em Busan na Coréia da Sul.
O Fórum busca um esforço multistakeholder, ou seja, ministros de países em desenvolvimento, países doadores, representantes de governos, empresas e sociedade civil vão revisar os progressos feitos no impacto e no “value for money” da ajuda ao desenvolvimento.
Development Cooperation Report 2011
Aid Effectiveness 2005 – 2010: progress in implementing the Paris Declaration
Os resultados esperados são novos acordos para assegurar que a cooperação internacional ajude a reduzir a pobreza e de suporte no progresso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
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[vimeo http://vimeo.com/32501505]
Em última análise, Busan é tão importante quanto Durban, pois trata da eficácia, impacto e resultados dos processos de desenvolvimento e transferência de recursos, que se convêm chamar de ajuda ao desenvolvimento ou cooperação internacional para o desenvolvimento. Afinal sem a eficiência desses processos, nenhum resultado ou acordo ambicioso será implementado de maneira confiável e efetiva.
Ambos esforços serão refletidos e postos em pauta novamente durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a RIO+20, em Junho de 2012. A RIO+20 tratará dos temas da economia verde no contexto da erradicação da pobreza e da arquitetura institucional para o desenvolvimento sustentável, além da avaliação dos progressos feitos desda Eco 92 com a Agenda 21 até agora e da identificação dos desafios novos e emergentes.
http://www.rio20.info/2012/
http://www.uncsd2012.org/rio20/
http://www.earthsummit2012.org/
http://www.rio2012.org.br/
http://cupuladospovos.org.br/
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=4CV0gOZY7Bo&w=420&h=315]
Mirian Vilela, Secretária Executiva da Carta da Terra Internacional entrevista Maurice Strong, Ex-Secretário Geral da Eco 92.
“Em 2012, nós não devemos falar apenas sobre o que vamos fazer no futuro, nós devemos estar celebrando o que nós já conseguimos”
A Carta da Terra como Marco Ético para a RIO+20
A missão da Sociedade Global e dos Jovens Profissionais do Desenvolvimento é avaliar todo esse contexto de governança global e trabalhar, com base em valores universais, na eficácia do desenvolvimento e na articulação dos diferentes setores e atores da sociedade para que a RIO+20 considere os resultados dessas reuniões na agenda do desenvolvimento sustentável!
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E se não considerar… bem, os jovens e a sociedade civil não dependem necessariamente de acordos de alto nível para avançar nos seus objetivos “on the ground”, pois a transformação acontece, principalmente, de baixo para cima!
* Diego H. S. Baptista é Secretário Geral da Sociedade Global, Mestre em Gestão do Desenvolvimento e Professor de Relações Internacionais.