Há mais ou menos cinco anos atrás, quando tinha acabado de fazer 21 anos, comecei a perceber que algo grandioso estava acontecendo no mundo!
As pessoas estavam procurando se reconectar com a natureza, havia um resgate de saberes ancestrais de tradições orientais e indígenas, as pessoas começaram a se alimentar com orgânicos, deixar o carro em casa e andar de bicicleta.
Eu pensei então, que isso não deveria ser algo pontual, ao acaso. Isso fazia parte de um fenômeno maior!
Foi aí que eu comecei a me dedicar a pesquisar, explorar essa temática e percebi que essa minha hipótese tinha algum fundamento.Me deparei com diversas teorias e estudos nas mais diversas áreas do conhecimento, que de alguma forma sintetizam essas apreensões que eu estava tendo, e indicavam que de fato, estamos passando por um processo de mudança de paradigma.
Uma nova visão de mundo está realmente emergindo, e ela se complementa e se funde com filosofias há muito mantidas pelas tradições de sabedoria de todo o mundo!
Ela resgata referências do nosso passado, da nossa ancestralidade, porque percebe que o nosso modelo atual com a sua tecnologia e racionalidade, subverteu a nossa sabedoria intuitiva que nos conectava com o todo.
As pessoas começam então, querer ter um vida com propósito. Não basta mais um emprego, mas é necessário desenvolver as suas melhores potências para que se construa de um mundo novo! Nesse mesmo caminho, muitas instituições e empresas, também sentiram o impulso de serem adaptadas. É necessário que o negócio seja financeiramente saudável, socialmente justo e contribua para a regeneração do planeta.
A academia começa a dedicar seus estudos à uma ciência que seja ética, justa e sustentável. É preciso que o desenvolvimento científico possa minimizar os efeitos do antropoceno na terra e encontre soluções eficazes de como o ser humano pode habitar e interferir na natureza de maneira inteligente, ecológica e sensata.
Organismos internacionais como as Nações Unidas, voltaram sua atenção para criar diretrizes para que o desenvolvimento do nosso planeta seja efetivamente sustentável ,sugerindo que aos Estados-Nação de todo o mundo caminhem e prosperem alinhados a essas orientações.
É nesse sentido que a terra começa a ser percebida como um grande lar planetário, uma casa comum de todos povos, e que tudo e todos estão estreitamente interligados. O planeta é visto como um superorganismo vivo que respira, GAIA!
Todas as relações a nível material, social, mental e também espiritual que se manifestam no planeta, estão e devem estar sempre intimamente relacionadas e integradas. Isso estimula uma compreensão mais ampla e abrangente do que deve ser uma ‘comunidade global sustentável’.
Mas, diante de tudo isso, outra indagação surgiu dentro de mim. Afinal, por que esse movimento tão profundo está acontecendo? Eu tenho algumas hipóteses e quero compartilhar com vocês no próximo texto do blog! Até lá!
Amanda Vicentini