Trabalhos em equipe podem ser um tema complexo dentro de empresas, projetos sociais ou acadêmicos. Para fortalecer as relações interpessoais, os Jovens Profissionais do Desenvolvimento 2015 aprenderam o segredo da fluidez e do desenvolvimento de um time: a conexão entre os indivíduos. Para chegar a este nível intenso de troca, os aprendizes passaram por um processo de autoconhecimento e conexão entre os dias 27 e 28 de junho durante uma imersão no Sítio Pedacinho do Céu em Colombo-PR. Um local altamente propício para a atividade, em contato com muita natureza e alimentação saudável.
O retiro se iniciou com a prática da psicomotricidade relacional, com a psicóloga Aline Almeida. “A psicomotricidade tem por objetivo trazer de volta o corpo, muitas vezes deixado de lado em virtude da frenética rotina contemporânea, como veículo das relações interpessoais e das emoções.” – explica Aline. Depois de muito agito e brincadeiras, os JPDs foram conduzidos a práticas de expressão corporal, parecidas com as das primeiras civilizações humanas. Quando tudo acaba, os participantes, alguns emocionados, outros sorridentes, percebiam que tinham se libertado de qualquer julgamento, sentindo-se livres para interagir com qualquer um da equipe, sem mesmo o ter contatado verbalmente.
“A gente conversou, mas sem palavras. Foi uma conexão que a gente não teria conseguido alcançar se tivéssemos a feito através do diálogo […] fomos convidados a sentir, apenas. Ao mesmo tempo que estávamos muito conectados com nós mesmos, foi importante conectar com os outros. “- Carolina Tarasuk
Mergulhando no processo , interpessoal, uma série de atividades deram sequência ao encontro provocando reflexão e transformação imediatamente percebidas. Uma delas foi a aplicação da Comunicação Não Violenta (CNV), uma abordagem desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosemberg, que promove uma conexão maior entre as pessoas, permitindo a compaixão emergir tanto nos conflitos diários como nas situações mais críticas, através da transformação de debates e discussões em diálogos empáticos, conversas harmoniosas e ao mesmo tempo assertivas. A facilitadora foi Débora Rocha, praticante da CNV e articuladora da rede Minha Curitiba. Após aprender a identificar as necessidades e sentimentos de si mesmo, o grande grupo se ajudou na solução dos conflitos internos e externos de cada um.
Na manhã seguinte, momentos de contemplação, presença e diálogo interno, conduzidos pela psicóloga especializada em logoterapia, Priscilla Voigt e o mentor Steffen Münzner. Com as mãos no barro, os jovens moldaram seu propósito com argila. Para vários, o tempo de meia hora foi o bastante para identificar as mudanças necessárias em si mesmo. Entretanto, não foi por mágica. Chegar lá exigiu, que os pares, atuando como ‘coachs’, se apoiassem mutuamente a até que o ‘click’ viesse a mente!
“Vou levar [o retiro] para a minha vida toda, ele estará presente em minha linha do tempo. Tive alguns ‘insights’ que me fizeram mudar algumas chaves na minha cabeça e vão me fazer agir de uma outra forma e ser mais compreensível comigo mesmo.” – Daniel Rocha
Na noite de sábado, a fogueira marcou a travessia do grupo pelo movimento sugerido na Teoria U: deixar ir velhos padrões, sentir e presenciar o futuro emergente. Os JPDs honraram a passagem no dia seguinte, reunidos nas linhas de Desenvolvimetno Local, Desenvolvimento Organizacional e Governança Democrática, estipularam novos passos no caminho de descoberta e cocriação daquilo que irão propor para sociedade. Entretanto agora, os times trabalham totalmente conectados -prontos para fazer com que a mudança em si tranforme-se na mudança do mundo.
Trackbacks/Pingbacks