No dia 31 de julho a Sociedade Global (SG) comemorou seu aniversário de seis anos com uma noite de co-evolução. Para compartilhar esse processo foram convidados os principais stakeholders que se relacionam com a organização e seu contexto.O evento contou com atividades de conexão e diálogo, em que foi possível mapear os principais desafios, identificar lacunas, possibilidades, ideias e soluções conjuntas que ajudam a SG a agregar ainda mais valor através da integração entre atores da sociedade e possíveis soluções.
No início da noite, Diego Baptista, um dos fundadores, contou a trajetória ao longo destes seis anos: os sucessos e “insucessos”. De acordo com ele, tudo começou com “ o desafio de exigir a responsabilidade de cada profissão e despertar o conhecimento crítico de cada um”. Inspirados em autores como Milton Santos e Boaventura de Souza Santos, o sonho era de uma ‘nova globalização’. Porém, como isso seria possível?
Foi aí que o desejo foi tomando forma. A ideia era de transformar o mundo em uma sociedade global, ou seja, universalizar a ideia de cooperação, educação e lideranças. No entanto, a organização só se consolidou em 2010 através do primeiro Plano de Negócio com auxilio do programa SESI Empreendedorismo Social. “Teremos outras saídas [para conquistar nosso objetivo] se cooperarmos e conectarmos os atores da sociedade e do mundo”, explica Diego se lembrando da reflexão pela qual passou na criação do nome ‘Sociedade Global’.
Nessa altura, alguns projetos já tinham sido colocados em prática: Em 2009, a organização ajudou a organizar o Premio Jovem Da Paz, já as falhas foram observadas no número de evasão nos programas. O programa Jovens Profissionais do Desenvolvimento, por exemplo, teve início em um formato aberto e gratuito, começando com mais de 20 jovens e finalizando por cerca de 5, uma segunda edição já parcialmente coberta pelo investimento dos participantes, foram 6 jovens apenas. Atualmente em sua quarta edição, o programa se autofinancia pela contribuição dos participantes, acontece em formato mais enxuto e tem impactado mais jovens em menos tempo. Nesse ano serão 20 participantes unindo-se à rede de mais de 100 profissionais (jovens, coachs, mentores, etc) que já participaram de alguma forma programa. Já o curso de extensão em Empreendedorismo Social em parceria com a PUCPR, teve sua edição piloto em 2013 com 8 jovens concluintes e hoje, em sua terceira edição, são mais de 50 jovens, somando acadêmicos e jovens das comunidades envolvidas no projeto. Ambos os programas venceram o Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável, em 2014 e 2015 respectivamente.
Nos últimos anos, a organização passou por diversos modelos de gestão e se utiliza dos processos de co-criação para redesenhar sua estratégia periodicamente. Nesse processo de constante aprendizado e adaptação, em 2014, o portfólio de serviços, principal estratégia de sustentabilidade financeira, dividiu-se para melhor ofertar suas soluções nas linhas de Desenvolvimento Humano, Desenvolvimento Organizacional, Desenvolvimento Local e Governança Democrática.A ideia para 2015 é a de abarcar todas essas linhas em um único modelo, capaz de representar mais fielmente uma solução para os problemas sociais.
O QUE CADA LINHA OFERECE
– Linha de desenvolvimento humano: potencializar propósitos, valores e capacidades de indivíduos;
– Linha de desenvolvimento local: Fomentar o empoderamento e capital social das comunidades;
– Linha de desenvolvimento organizacional: Promover organizações mais humanas com modelos de gestão colaborativa;
– Linha de Governança Democrática: Incentivar uma democracia real com cidadãos ativos e processos participativos.
Hoje, após estes seis anos de aprendizado e recriação contínua, a Sociedade Global se apresenta como um importante articulador e integrador dos diferentes atores e setores da sociedade. Através de ambientes de aprendizagens colaborativos e de diálogos democráticos, a SG amplia os potenciais de pessoas e organizações e, ao mesmo tempo, quando cria ambientes de impacto positivo, prova o potencial dos indivíduos de co-criar soluções para os desafios da atualidade. O motor de todo esse envolvimento não deixou de ser o velho sonho da ‘nova globalização’, mudança que hoje, é definida pela organização como MODELOS DE SOCIEDADE E ECONOMIA MAIS JUSTOS, SUSTENTÁVEIS E PACÍFICOS.
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